quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Escrevo(eu) - Relato de um dorminhoco


Quando estou dormindo não existe nada no meu caminho. Posso tudo até o momento de ser despertado por consequências do mundo real. Quando estou dormindo, estou sempre sonhando e quando estou sonhando estarei sempre aprontando. Lá eu posso amar, correr, viajar, voar. Aqui não! Neste mundo real fatal quase tudo é complicado, fora que muitas ações desejadas na maioria das vezes tornam-se utópicas. 

Me flagro imaginando o inverso dessas oposições (real para com imaginária). Do sonho ser e ter ocorrência geral da realidade e o mundo real ter cem por cento das fantasias do mundo dos sonhos.

Certa vez fui voando - ao estilo Superman - para o Oriente. Voltei um dia depois nadando sem parar em direção ao Ocidente. Confesso que voei como um Superman e nadei como um Aquaman. Ah sonho!
Outra vez - desta vez acordado - fui ao colégio em um ônibus chamado Expedicionários. Sem a grana da passagem de volta, voltei andando sem parar até chegar. Ah realidade!

Sonhar, sonhar...
Não adianta, não tenho escolha.
Voltando a estaca zero, terei que sonhar e realizar (tentar).


(Ronaldo Lustosa)






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