quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Escrevo(eu) - Maldição mal dita


Tenho somente ela para continuar
com esta ideia louca de amar.
Pensei em parar, fugir, dormir...
Mas não consigo, estou consumido.

Quero amar,
Quero ser amado.

Mesmo tendo apenas um relógio
e um cell phone como armas. 
Não desistirei deste amor quase ou totalmente maldito.

Estamos amaldiçoados,
mas se amando em plena maldição.


(Ronaldo Lustosa)






segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Escrevo(eu) - Esperança


Sentimento precioso outrora maldito,
te faz bem, te faz mal.
É uma moeda contida de cara ou coroa,
um lado contém graça, no outro desgraça.

cinquenta cinquenta
parcela parcela
meio meio
metade metade

claro ou escuro
esperança
claro ou escuro

Esperança é arriscar,
é o último tiro, último chute,
para derrotado é o último suspiro
para vitorioso é a sensação de um espirro.

Esperança, palavra bonita, sentimental e traiçoeira.


(Ronaldo Lustosa)






Escrevo(eu) - Culpado


O culpado foi feito para a culpa,
assim como a culpa para o culpado.
É o casamento perfeito.
Culpado fode a culpa e a culpa o culpado.

romance de culpado com culpa gera depressão,
confusão, apreensão, entre outros "ãos"
culpado é o acusado, o condenado,
a culpa é a condenação.


(Ronaldo Lustosa)






Escrevo(eu) - Mentiroso


Ator, fingido, covarde,
mentiroso,
solitário, sozinho, abandonado,
mentiroso,
depressivo, culpado, bêbado,
mentiroso,
sofredor, chorão, impostor,
mentiroso,
falso, ilusório, irreal,
mentiroso,
hipócrita, vazio, imaginário,
mentiroso,
trapaceiro, embusteiro, mentireiro,
mentiroso!


(Ronaldo Lustosa)







sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Escrevo(eu) - I want to drink you


Quero beber você,
Tu é meu elixir, é a bebida que roubei dos deuses
é a minha ambrósia.
Quanto mais a bebo, sinto mais a sensação de ser imortal.

I want to drink you
I want to drink you

Este drink mexe com a minha cuca,
mexe com o meu pensar, meu agir,
mexe com tudo envolvente a este corpo de 1,72
e bate forte, forte bate o coração.

I want to drink you
I want to drink you


(Ronaldo Lustosa)






sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Observu - Pareço com Você ? (de Allison Rodrigo)


Já me senti alegre, mesmo sabendo que era por conta da bebida.
Já me senti amado, mesmo sabendo que não iria ser para sempre.
Já senti medo, em saber que o que eu tinha já era pouco para perder.
Grandes chances de mudar, mas olhei para trás e me deixei levar pela lembrança.
Gosto amargo do fel, um futuro vago igual ao presente.
Nossa não consigo ser EU?
Uma grande pena de mim, apesar de ter um coração batendo, ele não acompanha a iniciativa e nem a força do meu a direita, ou da esquerda, sei lá...
Estou vazio por dentro, mais continuo a sorrir, continuo a mentir para mim, de vez em quando sou outra pessoa ou pelo menos quero ser.
Me veio uma pergunta, eu me pareço com você? 


(Allison Rodrigo)






Observu - Muriçocas (de Carlos Eduardo)


Teve uma época em que lá em casa tinham algumas muriçocas. 
Achava que essas muriçocas não ia me incomodar, já que eram poucas. 
As deixava lá voando. Matava uma aqui e outra ali, 
sempre as que chegavam próximas de mim. 
Em um certo dia percebi que o número de muriçocas só aumentava. 
Resolvi então agir matando a maioria que pudesse com a minha chinela.
Pedi para a minha esposa fazer a mesma coisa. Mas isto não estava resolvendo.
Quando percebi, a muriçoca atacou a pessoa que mais amo, minha filha.
Fiquei desesperado. Então, achando que ia resolver, comprei uma daquelas
raquetes. Aumentei o tempo que passava matando as muriçocas. 
Matava cada vez mais, mas mesmo assim continuavam aparecendo várias outras.
Elas continuavam me atacando. Elas não esperavam mais ser 
muriçocas grandes. Atacavam desde novinhas. Cada vez muriçocas menores.
E eu lá matando as que pudia. Até que descobri que não ia adiantar matá-las.
Esta não era a solução. Se eu não fosse procurar resolver o verdadeiro problema, 
as coisas só iriam piorar. Liguei para a prefeitura e pedi
para que um canal de esgoto, que fica perto da minha casa, fosse 
devidamente cuidado. Fosse higienizado, tratado e muito melhor mantido.
Hoje ainda existem algumas muriçocas, mas elas estão apenas em sua quantidade


(Carlos Eduardo)

Escrevo(eu) - Contaminado


Tento achar um jeito de achar um jeito
para curar-me deste amor.
Tentei tentando tomar juízo, soro, antídoto
É tarde!
Amor proibido, sentido, bandido.
Estou contaminado!

O que me resta é aproveitar esta contaminação antes do meu fim'


(Ronaldo Lustosa)


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Ao som de John Frusciante

Naquela noite, eu, você e nossa forma de amar. Amor esquisito, estranho, de loucos assumidos. Frusciante testemunhou o que sentir por ti naquele dado momento, talvez não passou despercebido o sofrimento mútuo exageradamente declarado de um para o outro.
Ambos confusos e putos! Aproveitando o tempo que lhes foi dado.

Seis horas e cinquenta e sete minutos, foi o tempo que a vida nos deu. Sem beijos e abraços, sem amasso. Com direito somente a conexões mentais Através de redes wi-fi. Por quê isso? És um tipo de maldição destinado a ateus? Não sei, em um dado momento não quis saber, quis sair. Mas você me pediu para ficar. Então ficamos ao som de Frusciante, curtindo este curto romance.

Como esquecer o poema escrito por ti? Mesmo sabendo da tragédia iminente para com o nosso amor, guardei, este poema para sempre te sentir:

"Desde que a gente se encontra encarando um ao outro enquanto algo quase como um imã nos atrai, e quando quase tão juntos e ainda tão distantes os lábios se vem e quase implorando se encontram pela primeira vez". (Ela)

O que sentir depois disso? Medo, receio (e seus demais sinônimos macabros) acompanhado da vontade de ter ela pra mim.' 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Escrevo(eu) - Chafariz


Todos correm feliz'
a caminho do chafariz,
Vai dona Joaquina e também Beatriz,
a caminho do chafariz.
Vai Sr. Bola, seu Raimundo e seu Assis
a caminho do chafariz

No subúrbio o chafariz é a nossa fonte,
é a água, é a vida.
Todos levam seu baldes, garrafas e latas.
A caminho do chafariz,
vão tristes com o nada d'água
voltam alegres com o halter d'água 

Banhar, beber, lavar, cozinhar.
Chafariz, és tudo isto que tu nos dar!'


(Ronaldo Lustosa)

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Escrevo(eu) - O dono do banco


Fui ao banco esquecendo o banco,
como senta sem o banco no banco lotado?
Terei que sair do banco
e vou pegar o meu banco!

Não gosto de sentar em cadeira de banco,
gosto do meu banco!

E não venha com mi mi mi!
Eu banco o meu banco,
Eu tenho direito...
De entrar em qualquer banco com um banco'



(Ronaldo Lustosa)



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Escrevo(eu) - Escrevendo e apagando


Eu fiz de tudo para ganhar você pra mim,
Escrevi o sentimento,
mas com uma ação borrachenta - de sua parte -
apagou, digo, este sentimento.

Grafite x Borracha,
este sou eu versus você,
faz parte deste jogo,
eu escrevo, você apaga

O sentimento que sinto por você.


(Ronaldo Lustosa)




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domingo, 7 de setembro de 2014

Escrevo(eu) - Sonho


Como é que pode? Nesse instante estava pegando um avião partindo de Toronto a Melbourne.
O avião teve turbulência, devido a isso acordei num bairro chamado Serrinha ao som de katinguelê

(Ronaldo Lustosa)


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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Observu - O amor (de Allison Rodrigo)


O amor é verdadeiro, mente aquele que não sente.
No olhar de um menino, percebo um sorriso em sua mente.

Em poder andar em uma bicicleta, enferrujada e amassada, mais com tanto amor guardado, que ao se esgotar virá um olho d'água.

Tem cheiro forte, posso sentir, de todos os preços quem tem dinheiro até pode comprar !

Te faz chorar , te faz sorrir, te faz amar, te faz sentir que não é fácil achar amor sentado em um tamborete, mais que nele pode ser um amor para vida eterna, disse meu vô... quem ama se engana e quem se engana se ama para eternidade..., e lhe respondi, mais vô isso é maldade.

Maldade é enganar o amor, cheiroso como a flor que brota toda manhã.

Pedi desculpas novamente, pois já cansado em minha minha mente de tando amor pra lá.

Enquanto pensava no amor, gritou bem alto meu vô, filho queria mesmo te mostrar, mais sou homem de mais para isso, sou cabra macho de có vá perguntar sua vó a que me fez amar.

(Allison Rodrigo)

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Observu - Minha tristeza, minha alegria (de Allison Rodrigo)


Fico triste em saber, que com pouco pode-se ajudar, mais só compartilho com o muito.
Fico triste em saber, que os outros quero mudar, mais a mim nem pensar.

Fico triste em saber, que a vida passa tão rápido, que perder tempo com brigas atrasa mais sua vida que beber água do mar.

Fico alegre em saber, que o PAI observa de cima, alimenta quem necessita e nunca deixa faltar.

Fico alegre em saber, que para mudar algo do lugar precisa de um esforço, que só o suor do moço é leal para pagar.
Fico alegre em saber, que estou no caminho torto, mais com o pensamento solto, só me deixo levar.

(Allison Rodrigo)

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Escrevo(eu) - Pesadelo


De repente paro em um corredor com a típica luz no fim do túnel. 
Desta vez tem alguém, mas não sei quem. 
Parece até um pesadelo. Que nada! Estou bem!

Grito ei!
Escuto ei! Ei! Ei!

 Este retorno eu notei, foi o grito que eu dei.
Ai é? vou gritar de novo!
E, e...
O grito falhou, perco a voz.
O Eco (ei! ei! ei!) continua,

Tento correr, andar, rastejar...
Ora, tudo em vão. 
Isto é um pesadelo meu irmão


(Ronaldo Lustosa)


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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Escrevo(eu) - Formiga Jane (miniconto)

               


Pobre Jane, trabalha vinte horas por dia. Já pensou em ir ao SindFoP (Sindicato das Formigas Operárias) procurar os seus direitos, mas que direitos? Os direitos já são esses, trabalhar oitenta por cento do dia de domingo a domingo com direito de vinte por cento do dia ao uso do sono polifásico.
- Iê, iê... 
Disse Jane.
- Fazer o quê, vou trabalhar!
Exclamou Jane.

(Ronaldo Lustosa)






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