As Flores do Mal – O poeta crítico francês Baudelaire inventou uma nova estratégia da linguagem, incorporando a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do romantismo, criando, dessa maneira, a poesia moderna. Sua obra-prima é o livro As Flores do Mal, cujos poemas mais antigos datam de 1841. Além de celeuma judicial, o livro despertou hostilidades na imprensa e foi julgado, na época, imoral.
O Filme - Memórias póstumas de Brás Cubas - é uma adaptação boa e fiel do livro (com o mesmo título do filme) escrito por nosso amado Machado de Assis. O modelo coloquial torna o livro gostoso para se degustar (e repetir, quando necessário). Com uma linguagem fácil e de vasto acesso, a história - engraçada e romântica em vários pontos - ganhou forma no cinema nacional, não deixando de lado a fidelidade para com o livro. Quase todas as frases "populares" do livro se encontram no filme, como por exemplo: "Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis".
O protagonista e narrador é um defunto chamado Brás Cubas (interpretado por Reginaldo Faria). Diferente das outras histórias, este filme já inicia com a morte do Sr. Brás Cubas. Estranho? Sim! Ruim? Não! O que torna a história interessante é exatamente o inicio de cabeça para baixo.
Brás Cubas é rico, nunca trabalhou na vida e tem poucos amigos (um desses amigos é Quincas Borba). Em seu enterro, quase uma dúzia de pessoas compareceram. Detalhe, o orador do discurso foi pago. No filme também mostra a displicente formação acadêmica em Portugal, dos amores de sua vida e ainda do privilégio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida. Ao decorrer o sonho de Brás é inventar um remédio para aliviar a nossa melancólica humanidade.
E os seus romances/amores?
As personagens femininas são descritas como interesseiras, dissimuladas, sensuais, eróticas, traiçoeiras e caprichosas, certamente pelo fato de que o romance apresenta as opiniões e julgamentos de apenas uma das partes, ou seja, Brás Cubas. E, como reflexo de seu ser, suas mulheres lhe faziam jus: Marcela é promíscua, amante dos valores financeiros e sem escrúpulos; Virgília é faceira, pueril, interesseira e mentirosa; Eugênia é coxa, vítima de seu próprio preconceito, sempre triste e melancólica, possui extrema capacidade de dissimulação. Nhã-loló é perfeita para o cargo de esposa, mas adoece e morre.
Quer saber mais? Então Veja o filme, leia o livro, aproveite e deguste as obras de Machado de Assis como se não houvesse o amanhã!
Trailer do filme:
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Homero é um homem solitário de meia idade que resolve se encontrar com Saiuri, uma prostituta de luxo. A única coisa que ele queria era uma noite de prazer e desejo, mas a situação sai do seu controle após um evento inusitado.
Direção e roteiro: Fernando Sanches
Direção de fotografia: Enio Berwanger
Direção de produção: Reinaldo Faria jr
Montagem: Fernando Sanches e Beto Araujo
Elenco: Francine Missaka, Fernando Rios, Federico Erdosia, Laura Missaka, Fábio Hilst
