sábado, 17 de janeiro de 2015

Observu - Por que me abandonastes? (Fernando Santabaia)

Por que me abandonastes tão precocemente?
Foi maravilhoso o tempo que durou
Tivemos tantos momentos felizes
Planos agora, inacabados ...
Deixou-me somente a dor.

Os dias parecem mais longos sem você.
Acordar e também não ver teu reflexo no espelho.
O vento agitado em um dia ensolarado
não e mais o mesmo, pois não tenho você.

As festa , as quais você me acompanhava, sem você,
não tem mais o mesmo brilho.
Nunca te escondi, pelo contrário, você não queria muito
aparecer, mas sempre procurava um jeito para destacar você.

As fotografias , os 'selfs" perderam o sentido sem você
Você foi me deixando aos poucos, dia após outro, não sei 
se fazem meses, anos.
Não percebi , os vestígios de afastamento tão sutis,
mas estavam ali, no banheiro, no quarto, no carro, e não
queria acreditar.

Romeu sem Julieta, sou eu sem você, queijo sem goiabada, sou eu 
sem você.
As escovas e pentes não tem mais tanta razão de existir !!!!!
Oh, CABELO, por que me abandonaste ?


(Fernando Santabaia)







sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Observu - Sabe? (Tiago Sales)

Sabe aqueles dias que você acorda
olha para um lado, para outro
e sente que algo lhe falta.

Você sai de casa
vê as pessoas respirando, bebendo,
comendo,
conversando, trabalhando, estudando 
e se exercitando.
Tudo normal como sempre,
mas sente que algo lhe falta mas não sabe o quê.

Você perde tempo pensando 
e não encontra a resposta.
Mas mesmo assim continua se agarrando a esperança
de um dia, uma hora, um segundo
encontrar aquilo que você sente falta. 


(Tiago Sales)






sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Escrevo(eu) - Um dia

Houve um dia em que o céu iluminava
e os meus olhos brilhavam.
Neste dia as pessoas se abraçavam,
outras até se beijavam.

Cachorros latem como fogos,
Gatos se escondem como Ratos,
Bebês choram como se estivessem nascendo novamente.

A ansiedade era medonha e a felicidade era elevada
até o momento da tal contagem regressiva.
Não era sonho, era real,
mesmo que por dez segundos este gozo de felicidade eu guardo
e o liberto no exato último dia do ano.


(Ronaldo Lustosa)